No fim do ano passado, o nosso leitor Raúl Pereira Chiaradia, ao lado do irmão, partiu em uma viagem para conhecer o leste europeu, e o futebol foi parte integrante desta Eurotrip. Já acompanhamos o relato sobre as visitas à República Tcheca, Turquia, Kosovo, Macedônia e Albânia, e agora, nas palavras do Raúl, conhecemos um pouco mais sobre Lituânia, Rússia e Letônia.
Lituânia
Fomos para o Báltico já sabendo que o que menos encontraríamos por lá seriam referências ao futebol, com suas seleções engatinhando no cenário europeu (com exceção da Letônia, que disputou a Euro em 2004, mas hoje é a mais fraca entre elas). Há uma leve vantagem dos estonianos, que possuem um jogador no alto escalão do futebol europeu - Ragnar Klavan, zagueiro do Liverpool. Jogos? Impossível assistir: no fim do ano o calendário está parado pelo rigoroso inverno.
Vilnius é uma cidade bem legal, calma, longe de toda agitação de qualquer capital, na nossa opinião a mais tranquila do Báltico. Não tivemos uma experiência boa de início na cidade, pois o Hugo perdeu seu celular ao deixar cair no chão de um táxi e, mesmo tentando ligar e indo até a polícia, não foi possível encontra-lo novamente. Como chegamos à noite na cidade, não tivemos muitas opções a não ser comer, conhecer o centro e dormir.
Fachada da federação
Lituana de futebol
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Já no dia seguinte saímos em direção ao estádio da seleção lituana, o LFF Stadionas, uma caminhada de cerca de 25 minutos. Debaixo de muita neve chegamos lá, casa da Federação Lituana de Futebol e possui um estádio anexo para jogos menores e treinamentos. O acesso é livre, tendo apenas uma cancela que separa a rua da parte de dentro do estacionamento (ali quem está passando nas ruas adjacentes consegue assistir às partidas tranquilamente).
Os lituanos, assim como quase todos os outros da região, são bem educados, e mesmo a segurança da federação tendo uma desconfiança enorme do que fazíamos ali num sábado de manhã, na neve, com uma bandeira do Brasil, nos deixou entrar no campo e conhecer as instalações. Camisa da seleção, porém, era difícil: era sábado, e os departamentos relacionados ao marketing estavam fechados e a segurança não sabia informar.
No dia seguinte, fomos atrás da camisa numa enorme loja outlet que existe na cidade, onde várias marcas têm sua loja, dentre elas a Hummel, fornecedora de material esportivo da seleção. Ali não teve erro: dentre várias opções, conseguimos o atual modelo número 1, amarelo e preto, uma camisa bem bonita por sinal.
Žalgiris Stadium
completamente destruído
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Rússia
Dependências do Lokomotiv Stadium
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No primeiro dia, conhecemos a parte mais turística e famosa da cidade, alguns pontos históricos, nada que remetesse ao futebol, mesmo sempre procurando algo relacionado à Copa do Mundo, por exemplo. Já no segundo dia, como só tínhamos até a parte da tarde, escolhemos dois estádios que era acessíveis pelo enorme, lindo e complicado metrô moscovita (no início é complicado, mas depois de algumas viagens você se acostuma). Os escolhidos foram os estádios do Lokomotiv Moscou e o do Spartak Moscou.
"I Love You Loko": em frente ao estádio do Lokomotiv |
Na lojinha do Lokomotiv compramos a camisa atual da equipe, uma verde, muito bonita; o único azar foi que pedimos pra estampar o nome Samedov, número 19, que era a de Aleksandr Samedov, jogador da seleção russa e que estava há quatro anos no clube. Logo em seguida ficamos sabendo que ele se transferiu para o Spartak. Baita zebra!
Dali já seguimos em direção ao metrô Spartak, para chegarmos a Otkritie Arena, estádio novo, inaugurado em 2014 e que foi palco da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2018. O local fica numa região mais afastada, cerca de sete estações à frente do Lokomotiv; até a estação de metrô foi inaugurada recentemente para receber os torcedores que vão aos jogos do clube.
A bela Red White
store, nas dependências da Otkritie Arena
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O entorno do estádio e sua forma lembram muito a Allianz Arena, em Munique. Parece uma fortaleza, com uma praça em frente, mas muita obra no local também (talvez pela paralisação de inverno eles intensificaram as obras locais e por isso ainda estava meio confuso). Mas fica claro que, além de belo estádio, será um local com bastante movimento na Copa do Mundo.
O estádio tem uma
arquitetura muito bonita
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Letônia
O hostel de Riga foi
o mais legal da viagem
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Riga é uma cidade muito legal, com muitos bares e atrativos para os jovens, lembrando muito a capital da Lituânia, porém mais movimentada; essa foi outra cidade que perdemos mais um item da mala (deixei uma blusa pelo caminho) após uma noite nos bares da cidade.
Chegamos na hora do almoço e estava um frio tremendo, fomos até o hostel deixar as coisas, arrumar um restaurante pra almoçar (que comida maravilhosa tem esse país) e depois já ir em busca das camisas e da visita ao Skonto Stadium, principal estádio do pais e casa do Skonto Riga - tradicional time letão que hoje se encontra na segunda divisão devido a problemas financeiros que o fizeram ser rebaixado em 2015.
Pouco antes do anoitecer, cerca de 16h, fomos até o estádio, de fácil acesso a pé e quase sem nenhuma proteção ao redor. É um estádio bem simples, que não estava recebendo jogos no momento devido ao rigoroso inverno, e por isso não estava nas suas melhores condições. Entramos sem ser barrados pela cancela do estacionamento e logo estávamos dentro do gramado (qualquer um pode fazer isso, acreditamos), e tiramos várias fotos do gramado, das arquibancadas e tudo que pudemos ali no momento.
Vista do Skonto
Staduim, principal do país
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Nossa aparição no Facebook oficial do FC Riga |
Elektrum
Olimpiskais centrs, em Riga
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Dali eles nos indicaram onde conseguiríamos a camisa da seleção nacional e possivelmente de outras equipes. Há cerca de 1,5 km dali, encarando o frio e entoando a parte do hino do Corinthians adaptada ao local que estávamos (“Figuras entre os primeiros em nosso esporte LETÃO”), chegamos ao centro de alto rendimento de esportes olímpicos do pais, o Elektrum Olimpiskais centrs, um local com praticamente todos esportes praticados na Letônia, que prepara os atletas para as competições.
Rumamos então para a loja da Komanda, mais famosa loja de esportes do pais, que fica ao lado do centro olímpico. La sim achamos nossas camisas: tanto da seleção nacional quanto de alguns times como Skonto, Liepaja e Jelgava. Nossa missão futebolística na cidade foi cumprida com enorme sucesso no primeiro dia ainda. Depois era aproveitar os bares e pubs da cidade e curtir a parte cultural no outro dia, antes de partir para a Estônia no dia 23/12.
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