O homem por trás da máscara de Kingsley


Certamente vocês já viram ou ouviram falar no mascote mais estranho do futebol europeu, ou talvez mesmo mundial, apresentado no meio deste ano. Falamos de Kingsley, um sol pra lá de... Carrancudo, que se tornou o mascote do Partick Thistle, pequeno time de Glasgow, quando o clube iniciou uma parceria com uma empresa norte-americana. Bom, mas afinal, quem é o homem por trás do mito... digo, da máscara? O que ele pensa? Como é ter no currículo a profissão de mascote mais curioso do seu país? O jornal The Guardian foi falar com ele e nós apresentamos alguns trechos desta ótima matéria.

“Jay McGhee. Eu sou Kingsley”. Assim se apresenta o escocês de 33 anos para o repórter Murdo MacLeod. Para os torcedores dos Jags, apelido do Partick Thistle, a presença de Kingsley causa muito mais motivação do que qualquer treinador. E McGhee é um homem preparado. “Guardo uma garrafa d’água e meu celular nos raios”, apontando para os raios solares irradiados por Kingsley. “A cabeça é realmente útil”, comenta.



McGhee é analista de dados e, obviamente, torcedor do Partick Thistle. Esteve no estádio pela primeira vez com nove anos, em uma vitória sobre o Forfar. Mas por que tentar ser mascote? A ideia surgiu há três anos: “Pensei que seria algo engraçado e me garantiria entrada gratuita nos jogos”. Então, fez um vídeo vestido como Capitão América, fazendo algumas palhaçadas e falando sobre seu amor aos Jags. Funcionou e ele virou Jaggy MacBee, uma simpática (e comum) abelha que era o mascote do clube até a chegada de Kingsley. E o que ele prefere ser? Que dúvida... “Kingsley. Ele tem um pouquinho de malícia e a multidão ama”.



Mas ser o mascote mais conhecido da Escócia tem seu preço. Agora, McGhee é Kingsley em tempo integral, participando de várias ações promocionais do Thistle. Esteve presente até na apresentação dos uniformes do time, na George Square, a praça central de Glasgow. Por sinal, no jogo contra o Celtic, no dérbi menos famoso da cidade - o tradicional Rangers segue na segunda divisão -, centenas de torcedores dos verdes adquiriram máscaras de Kingsley. Clima amistoso só no lado de fora do estádio, porque dentro, o mascote tirou onda, sentando próximo dos fãs do Celtic e dando aquela provocada marota.


“Kingsley é encantador. Quem disse que um mascote tem que ser um urso de pelúcia?” Esse é o questionamento da esposa de McGhee, Alison. Aliás, eles se conheceram no estádio Firhill, casa do Thistle.

Casa que, no jogo com o Kilmarnock, viveu um momento bem curioso: a celebração de gol dos Jags. Kingsley “invadiu” a festa para comemorar com os jogadores. Abraçar os atletas do seu time após um gol certamente está na lista de sonhos de muitos torcedores fanáticos. McGhee, ou melhor, Kingsley, conseguiu. “Eu havia acabado de falar para um fotógrafo que nunca marcamos um gol quando estou na beira do campo. Então aconteceu. Eu sempre quis fazer isso”, revela.
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