Férias que nada! Vem aí a Copa SAFF no sul da Ásia


Depois de receber nomes como Roberto Carlos, Elano, Adrian Mutu, Nicolas Anelka e Lúcio, entre outros, a Índia volta a ser palco de um torneio de futebol neste fim de ano. Desta vez, sem o glamour dos nomes famosos que compõem a Superliga nacional: é a Copa SAFF, para nações do sul da Ásia. Saem os grandes nomes da Superliga, entram os jogadores de Índia, Bangladesh, Butão, Maldivas, Nepal e Sri Lanka.

Seriam oito países, mas o Paquistão desistiu de última hora por falta de condições financeiras para montar um time e prepara-lo. Então, no grupo A, ficaram Índia, Nepal e Sri Lanka. No B, Afeganistão, Butão, Maldivas e Bangladesh. Os dois primeiros vão às semifinais.


A tabela atualizada, sem o Paquistão
Os indianos, apesar de serem os anfitriões do torneio, vão com baixas expectativas para tentar a sétima conquista na SAFF - são os maiores campeões disparadamente. A péssima campanha nas eliminatórias para a Copa do Mundo, com o time já eliminado após apenas um triunfo na fase de grupos, também não favorece. Mas não só isso. “Os outros times estão melhores preparados que nós. O Afeganistão vem treinando no Catar. Sri Lanka treinou os últimos três meses, o mesmo com o Nepal. Nossos melhores jogadores, Robin Singh e Sunil Chhetri, se juntaram a nós apenas nesta semana”, destacou o técnico da Índia, Stephen Constantine.

Outro fator a se considerar em relação à seleção indiana é o processo de renovação que vem sendo implantado com Constantine. A média de idade, que era de incríveis 32 anos, diminuiu nos últimos anos até os atuais 24. Mesmo assim, parece o bastante para superar Nepal (eliminado pela própria Índia na eliminatória mundialista) e Sri Lanka (hoje à frente apenas de Macau e Mongólia entre os asiáticos no ranking da FIFA) na fase de grupos.

Afeganistão chega para defender o título conquistado em 2013
O grupo B parece verdadeiramente equilibrado. Nele está a seleção melhor de melhor ranking FIFA entre os participantes da SAFF: o Afeganistão, 150º do mundo, e também atual campeão do torneio. Buscando o bicampeonato, os afegãos trocaram de técnico há um mês e convocaram 17 jogadores que atuam no exterior, sendo 15 deles nos mais variados níveis do futebol europeu.

Assim, não é errado aponta-los como favoritos para um novo título. Até porque a campanha na eliminatória para a Copa ratifica isso: apesar de eliminado, o time ganhou suas duas primeiras partidas em nível de Mundial, ambas contra o Camboja.

Um terceiro favorito para o torneio é a equipe das Maldivas, posicionada pouco atrás dos afegãos no ranking FIFA. Na preparação para a SAFF, foram três vitórias e uma derrota contra times malaios. A esperança é novamente Ali Ashfaq, capitão e maior artilheiro da seleção, com 44 gols. Ashfaq tem no currículo o prêmio de melhor jogador da edição de 2008, quando as Maldivas conquistaram seu único título. Curiosamente, nos amistosos na Malásia, Ashfaq enfrentou seu clube atual, o PDRM.

Gyeltshen é a esperança do Butão para passar de fase
Fica ainda a expectativa pela participação butanesa, especialmente após a equipe chegar à fase de grupos das eliminatórias asiáticas - mesmo que, eventualmente, tenha levado a maior goleada da caminhada à Rússia, nos 15 a 0 para o Catar. A seleção tenta repetir o bom desempenho de 2008, quando só parou nas semifinais. Para isso, aposta suas fichas em Chencho Gyeltshen, de 19 anos, único profissional no elenco. Foram dele três dos cinco gols butaneses nas eliminatórias. Olho nele!

Fotos:Waytokickoff, FIFA e reprodução/Facebook
Share on Google Plus

Comente com o Facebook: