A Síria ainda está jogando - e bem - nas eliminatórias asiáticas


(Esta matéria é livre de trocadilhos. Qualquer referência bélica é mera coincidência ou obra do acaso)

O terror da sexta-feira 13 em Paris se refletiu no futebol. O amistoso entre Bélgica e Espanha foi cancelado, pois o suspeito de liderar os ataques terroristas é um integrante belga do Estado Islâmico. E, apesar de a França e o Egito terem bombardeado campos de treinamento do EI na Síria, a seleção do país não para de disputar as eliminatórias asiáticas.

Mais: a equipe venceu Cingapura, nesta terça-feira, por 2 a 1, com gol nos acréscimos. A vitória deixou o time a um ponto do Japão, líder do grupo E. Mesmo que não pegue a vaga direta, as chances de classificação são imensas.


A partida no Estádio Nacional de Cingapura foi dramática. Omar Khribin fez 1 a 0, de cabeça, e assegurou os três pontos até os 43 minutos do segundo tempo tempo.
Foi quando Alaa Al Shbli cortou um cruzamento de escanteio com a mão e o árbitro sul-coreano Jong-Hyeok Kim apontou a marca da cal. Ninguém reclamou. Dois pontos indo pelo ralo com a conversão de Safuwan bin Baharudin. Até que, aos 48 minutos da etapa final, Khribin aproveitou uma boa trama para finalizar cruzado e matar o jogo.

Embora os conflitos persistam há anos, a participação síria nas eliminatórias não foi interrompida. Na verdade, na eliminatória para 2014, o time só foi eliminado "no tribunal", após escalar um jogador de forma irregular contra o Tadjiquistão - em campo, duas vitórias. Para 2018, até agora, são cinco vitórias e uma derrota. O único jogo cancelado foi um amistoso contra o Bahrein. A saída da federação síria para driblar os problemas é jogar em Omã, no estádio Al-Seeb. Ok, eles têm que atravessar meia-dúzia de países no deserto para atuar. Mas ao menos o futebol não para. E nós agradecemos.

Share on Google Plus

Comente com o Facebook: